Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVl e meados do século Xlll, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestante e alguns pontos do Oriente. Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra-Reforma, distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, embora interpretando-a diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada período.
Enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas características são bem evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo. Houve uma grande variedade de abordagens estilísticas, que foram englobadas sob a denominação genérica de "arte barroca", com certas escolas mais próximas do classicismo renascentista e outras mais afastadas dele, o que tem gerado muita polêmica e pouco consenso na conceituação e caracterização do estilo.
Para diversos pesquisadores o Barroco constitui não apenas um estilo artístico, mas todo um período histórico, todo um novo modo de entender o mundo, o homem e Deus. As mudanças introduzidas pelo espírito barroco se originaram, pois, de um grande respeito pela autoridade da tradição clássica, e de um desejo de superá-la com a criação de obras originais, dentro de um contexto social e cultural que já se havia modificado profundamente em relação ao período anterior.
Pietro da Cortona: O triunfo da Divina Providência, 1633-1639. Afresco em teto do Palazzo Barberini, Roma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco
Gian
Lorenzo Bernini
Um dos pioneiros da arte barroca, juntamente com seu rival
Francesco Borromini, Bernini é autor de inúmeras obras célebres, entre as quais se
destaca o baldaquino da basílica de São Pedro em Roma.
Escultor, arquiteto e pintor italiano, Gian
Lorenzo Bernini nasceu em Nápoles em 7 de dezembro de 1598. Estudou em Roma com o pai,
também escultor, e em 1616 já dava mostras de seu talento no grupo "Enéias,
Anquises e Ascânio fugindo de Tróia".
As primeiras esculturas de Bernini já eram
altamente revolucionárias pelo movimento, os valores tácteis e a expressão dos rostos.
Por encomenda do cardeal Borghese, realizou
várias obras num estilo independente que representava uma reação contra os conceitos da
estatuária renascentista então em voga.
Entre esses trabalhos destacam-se "David
lançando a pedra" (1619), "O rapto de Prosérpina" (1621) e "Apolo e
Dafne" (1623), hoje na Galleria Borghese, em Roma.
Seu "David", no mesmo museu,
retratado no ato de lançar a pedra, tem o mérito de envolver o espectador na ação,
característica que lhe marcou outras obras.
Matteo Barberini, eleito papa em 1623 com o
nome de Urbano VIII, foi o maior patrono de Bernini. Durante seu pontificado, o artista
criou o baldaquino de São Pedro (1624), as fachadas da igreja de Santa Bibiana e do
palácio Propaganda Fide (1627), o projeto dos campanários da basílica de São Pedro.
Essa estrutura simbólica, montada em bronze
sobre o túmulo do apóstolo Pedro, constitui uma nova fusão de escultura e arquitetura
e, pela perfeição de suas proporções, serve de mediador entre o visitante e as
dimensões gigantescas da basílica.
Da mesma época datam inúmeros túmulos e
fontes, como a da Barcaccia, na Piazza di Spagna, em Roma. Além disso, pintou, fez
gravuras e escreveu para o teatro.
Em 1644 morreu Urbano VIII, que foi sucedido
por Inocêncio X. Bernini perdeu seu privilegiado lugar no Vaticano para o rival
Borromini. Estava então trabalhando no grupo "A verdade descoberta pelo tempo",
em alusão à injustiça das perseguições que lhe foram movidas, mas que ficou
inacabado.
Em 1647 Bernini completou, na capela Cornaro
da igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma, o "Êxtase de santa Teresa",
um dos pontos altos da escultura barroca.
Pouco depois reconciliou-se com o novo papa,
que lhe encomendou a "Fonte dos quatro rios" (1648-1651), peça central da
Piazza Navona, também em Roma. Em 1656, já no pontificado de Alexandre VII, projetou a
colunata da praça de San Pietro, a igreja de Sant'Andrea al Quirinale e a escada régia
do Vaticano.
Na basílica de São Pedro há outras obras
notáveis de sua autoria, como o túmulo de Urbano VIII (1628-1647), que mostra o papa
sentado, o braço alçado em gesto de comando. Abaixo, ladeando o sarcófago de bronze,
encontram-se duas virtudes em mármore branco, a Caridade e a Justiça. Por cima do
sarcófago a figura da Morte parece escrever o nome de Urbano numa folha.
Outro famoso túmulo é o de Alexandre VII
(1671-1678), executado porém, em grande parte, por seus discípulos.
A fama do escultor e arquiteto ultrapassou as
fronteiras da Itália. A convite de Luís XIV, Bernini passou algum tempo em Paris. Seus
projetos para a fachada do Louvre não chegaram, no entanto, a ser executados. De sua
estada na França só ficaram um busto de Luís XIV, vários desenhos e a estátua
eqüestre do rei francês.
Em seus últimos anos Bernini restaurou a
ponte do castelo de Sant'Angelo (1667-1669), para a qual criou uma série de anjos amargos
e dolentes.
Bernini foi durante mais de dois séculos
desprezado pelos acadêmicos e classicistas e considerado o melhor exemplo do mau gosto e
da monstruosidade artística. Com a reabilitação do estilo barroco no século XX, voltou
a ser reconhecido como um dos maiores escultores e arquitetos de todos os tempos.
De suas pinturas, conservam-se o
"Martírio de são Maurício" (c. 1630), no Studio del Musaico, do Vaticano, e o
auto-retrato na Galleria degli Uffizi em Florença.
Vitimado por uma apoplexia, Bernini morreu em
Roma em 28 de novembro de 1680.
http://www.pitoresco.com/escultura/bernini/bernini.htm
Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios), foi esculpida por
Gian Lorenzo Bernini entre 1648 e 1651, artista do barroco italiano, foi
concebida por uma ordem do Papa Inocencio X o Papa da familia Pamphili,
cujo tinha sua casa nesta praça.
Esta localizada na Praça de Navona, em Roma. Ela representa os quatro
principais continentes do mundo, cortados por seus principais rios: Rio
Nilo, na África; Rio Ganges, na Ásia, Rio da Prata, na América e o Rio
Danúbio, na Europa.
Bernini - Ecstasy of St. Teresa (detail)
Bernini angel
http://www.tumblr.com/tagged/bernini?before=1294723718
Características do Barroco
O estilo barroco nasceu em
decorrência da crise do Renascimento, ocasionada, principalmente, pelas
fortes divergências religiosas e imposições do catolicismo e pelas
dificuldades econômicas decorrentes do declínio do comércio com o
Oriente.
Todo o rebuscamento presente na arte e
literatura barroca é reflexo dos conflitos dualistas entre o terreno e o
celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus (teocentrismo), o pecado e
o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo presente no período
renascentista.
1) A arte da contrarreforma
A ideologia do Barroco é fornecida pela
Contrarreforma. Em nenhuma outra época se produziu tamanha quantidade
de igrejas, capelas, estátuas de santos e monumentos sepulcrais. As
obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior eficácia possível, mas
em momento algum descer até eles. A arte barroca tinha que convencer,
conquistar e impor admiração.
2) Conflito entre corpo e alma
O Renascimento definiu-se pela
valorização do profano, pondo em voga o gosto pelas satisfações
mundanas. Os intelectuais barrocos, no entanto, não alcançam
tranquilidade agindo de acordo com essa filosofia. A influência da
Contrarreforma fez com que houvesse oposição entre os ideais de vida
eterna em contraposição com a vida terrena e do espírito em
contraposição à carne. Na visão barroca, não há possibilidade de
conciliar essas antíteses: ou se vive a vida sensualmente, ou se foge
dos gozos humanos e se alcança a eternidade. A
tensão de elementos contrários causa no artista uma profunda angústia:
após arrojar-se nos prazeres mais radicais, ele se sente culpado e busca
o perdão divino. Assim, ora ajoelha-se diante de Deus, ora celebra as
delícias da vida.
3) O tema da passagem do tempo
O homem barroco assume
consciência integral no que se refere à fugacidade da vida humana
(efemeridade): o tempo, veloz e avassalador, tudo destrói em sua
passagem. Por outro lado, diante das coisas transitórias
(instabilidade), surge a contradição: vivê-las, antes que terminem, ou
renunciar ao passageiro e entregar-se à eternidade?
4) Forma tumultuosa
O estilo barroco apresenta forma
conturbada, decorrente da tensão causada pela oposição entre os
princípios renascentistas e a ética cristã. Daí a frequente utilização
de antíteses, paradoxos e inversões, estabelecendo uma forma
contraditória, dilemática. Além disso, a utilização de interrogações
revela as incertezas do homem barroco frente ao seu período e a inversão
de frases a sua tentativa na conciliação dos elementos opostos.
http://www.soliteratura.com.br/barroco/barroco03.php
http://www.monografias.com/trabajos16/barroco-exponentes/barroco-exponentes.shtml
Par de Magníficas Poltronas no estilo Barroco Italiano
http://movelariacarioca.blogspot.com.br/2011/09/par-de-magnificas-poltronas-no-estilo.html
Móveis no estilo barroco
http://portuguese.alibaba.com/product-gs/italian-luxury-furniture-baroque-hand-craft-antique-bed-end-bench-514020289.html
http://www.arcoweb.com.br/design/exposicao-uma-historia-do-sentar-adelia-borges-19-02-2003.html
http://saojoaodemeriti.olx.com.br/restauracao-e-conservacao-de-esculturas-e-moveis-em-madeira-barrocos-etc-iid-192013586
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