segunda-feira, 17 de setembro de 2012

LUÍS XIV


Luís XIV, o Grande, Rei Sol, rei da França de 1643 a 1715, nasceu em 5 de setembro de 1638 em Saint-Germain-en-Laye e faleceu a 1 de setembro de 1715 em Versailles, símbolo da monarquia absolutista, provocou uma série de guerras entre 1667 e 1697 a fim de estender as fronteiras da França para o leste, tomando terras do Sacro Império Germânico, e depois, de 1701-1714, para assegurar o trono espanhol para seu neto.
Filho de Luís XIII e Ana da Áustria, ele sucedeu seu pai em maio de 1643, com apenas quatro anos e oito meses, desde então saudado como uma "divindade visível". Cresceu entregue a amas e criados, por cujo descuido quase morreu afogado numa piscina. Tinha nove anos quando, em 1648, os nobres e a corte de justiça de Paris se insurgiram contra o primeiro ministro o Cardeal Jules Mazarin e contra a Coroa. Começou então uma longa guerra civil, conhecida como "La Fronde", período em que a família real passou severas privações e humilhações. Somente em 1653 Mazarin dominou o movimento e então montou um grande aparato real centralizado no jovem príncipe.
Apesar de coroado Rei em 1643, Luís XIV não diminuiu os poderes de Mazarin, a quem devia praticamente toda a sua educação e formação cultural. Uma velha guerra com a Espanha, iniciada em 1635, estava terminando então e favoravelmente à França, que passava a ser a primeira potência européia. O rei da França devia ser um soldado e Luís XIV passou por um treinamento em campo de batalha. Para ratificar e dar maior valor ao tratado de paz com a Espanha, Luís XIV, apesar de estar a alguns anos em amores com a sobrinha de Mazarin, Marie Mancini, casou, em 1660, com Marie-Thérèse da Austria, filha do rei espanhol, contra sua vontade, e anotou no seu Diário. "Exercendo uma tarefa totalmente divina aqui na terra, precisamos parecer incapazes de perturbações que possam compromete-la".
Para o Rei, que via a si mesmo como representante de Deus na terra, qualquer desobediência ou rebeldia seria considerada pecado. Sua fé absoluta na divindade da sua missão fizeram com que comunicasse aos seus ministros, após a morte de Mazarin em março de 1661, que daquela data em diante governaria sozinho. Não tinha dúvidas também quanto a ter tanto poder nos domínios franceses, se não mais, que o próprio Papa. Teve ministros para execução de suas ordens, o primeiro deles e o mais inteligente Jean-Baptiste Colbert, Marquês de Louvois. Dedicou-se à sua tarefa de governo todas as horas do dia por 54 anos, sem que nenhum detalhe escapasse a sua atenção, desde a etiqueta e o cerimonial na corte, a diplomacia e o movimento das tropas, até as disputas teológicas sobre seus poderes em rivalidade com os do Papa. Colbert ajudou-o supervisionando as construções dos palácios, portos, estradas e canais, e descobrindo fontes de recursos, principalmente buscando aumentar as exportações de produtos franceses, ajudado pela pirataria nos mares e assaltos às colônias portuguesas e espanholas, inclusive o Brasil.
No clímax de seu reinado a França parecia uma festa impar diante de uma Europa admirada e desejosa de imitar o seu fausto e brilho cultural. Ao mesmo tempo o Rei mantinha estonteante vida de divertimentos e amores na corte, principalmente um tumultuado romance com Louise de La Vallière. Como aliado da Espanha, invadiu os Países Baixos espanhóis em 1667, que ele considerava herança de sua mulher espanhola, uma guerra que não foi fácil e levou-o a admitir ao morrer que havia gostado demasiado de fazer guerras.
Colbert morreu e não teve substituto à altura. O Imperador do Sacro Império Germânico havia detido os turcos na fronteira dos seus domínios e estava livre para enfrentar os franceses. A política da Inglaterra novamente mudou radicalmente com a Revolução Gloriosa em 1688, e a subida ao trono de Guilherme de Orange, um príncipe holandês cujo país havia sofrido com a invasão francesa. E dentro da própria França os protestantes formavam forte oposição ao rei católico. A reação de Luís XIV contra os protestantes foi suspender seus direitos de culto, que lhes fora garantido anos antes, em 1685, pelo chamado Édito de Nantes, e passar a persegui-los com violência. Muitos deixaram a França passando aos países protestantes vizinhos. Então a Inglaterra, a Holanda e o Imperador se uniram na Grande Aliança para fazer guerra a França, um conflito que durou de 1688 a 1697. Apesar de muitas vitórias, a França perdeu parte dos territórios que havia antes conquistado ao celebrar a paz pelo tratado de Rijswijk.


Fontes:

http://www.cobra.pages.nom.br/fm-luisXIV.html

http://www.youtube.com/watch?v=uBrM6pGPfX8

Postado por: Gabriele R., Suélen B.


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