segunda-feira, 18 de junho de 2012

CRETAS

CIVILIZAÇÃO MINÓICA

Geografia 
Creta é a maior ilha localizada ao sul da Grécia, no mar Egeu. Possui um litoral muito recortado, fator que favoreceu o desenvolvimento de portos e de atividades ligadas ao comércio marítimo. O interior do território cretense é marcado pela presença de muitas montanhas, entre planícies.

 Creta

História de Creta: a civilização minóica
Entre os anos de 2600 a.C (começo da Idade do Bronze) e 1450 a.C desenvolveu-se na ilha de Creta a civilização minóica. Esta civilização teve como centro a cidade de Cnossos.

Aspectos da história e cultura de Creta
- Os cretenses destacaram-se no comércio marítimo, principalmente com ilhas próximas e com a Grécia continental. Exportavam azeite, objetos de cerâmica, jóias, lã e artigos de metal. Portanto,  economia de creta era baseada quase que exclusivamente nas atividades marítimas.
- Creta era uma cidade-estado, que possuia um sistema de governo monárquico, pois era governada por um rei.
- Com o desenvolvimento do comércio marítimo, os cretenses fundaram colônias em ilhas do mar Egeu e na região da Sicília.
- Na arquitetura destacou-se a construção de grandes e luxuosos palácios, como, por exemplo, o palácio de Cnossos, Festos e Mália. Estes palácios caracterizavam-se pela presença de muitos cômodos, escadarias, jardins e longos corredores.
-  No campo das artes, os cretenses destacaram-se na pintura de lindos e coloridos afrescos, esculturas de metais, confecções de jóias e peças de cerâmica. A temática mais presente na arte cretense era o mar.
- Na religião, os cretenses eram muito ligados à figura da mulher. Imagens femininas aparecem em afrescos e esculturas ligadas à práticas religiosas. A deusa-mãe, segurando serpentes nas mãos, tinha grande importância para os cretenses. O touro também possuía uma certa importância no cenário religioso cretense, provavelmente em função da imagem da fertilidade. Os cretenses realizavam várias festas em homenagem ao touro, em que homens pulavam nas costas do animal.
- A mitologia minóica também foi muito rica. O principal mito cretense é o do Minotauro representado por um forte homem com cabeça de touro. Este monstro, que habitava o labirinto, foi morto pelo herói grego Teseu. Os mitos de Dédalo e Ícaro também estão relacionados à cultura minóica.

A civilização minóica foi uma civilização que se desenvolveu na ilha de Creta, a maior ilha do mar Egeu, entre 2100 a.C. e 1400 a.C., o período anterior ao da cultura micênica. Teve como principal centro a cidade de Cnossos. O termo "minóico" deriva de Minos, título dado ao rei de Creta.

Origem

Pré-História
A origem dos minoanos é incerta. A ilha foi ocupada a partir de 6000 a.C. por povos neolíticos, como evidenciado por figuras antropomórficas de argila. As primeiras peças de cerâmica surgiram por volta de 5700 a.C.. A arquitetura é semelhante às presentes no Egito e no Oriente Médio deste período e de períodos posteriores, com tijolos queimados sobre fundação de pedra, cobertos por barro, que pode ligá-los aos povos daquelas regiões, e não aos povos europeus como costuma-se pensar.
Por volta de 3800 a.C, o cobre substituiu as pedras em utensílios como machados, e a ilha toda passou a ser ocupada por esta cultura

Idade do Bronze
Por volta de 3000 a.C. são encontrados vestígios de utensílios de bronze e fornos para sua fundição. Neste período, a ocupação do litoral tornou-se evidente, com vilas costeiras e ancoradouros. Surgiu um sistema de escrita (linear A, linear B, ainda sem tradução). Após 2100 a.C. grandes palácios começaram a ser construídos, denotando um certo grau de unidade política. Com registros escritos, unidade política e possivelmente um exército (e uma armada), caracteriza-se o início da civilização minóica.

Arquitetura
As estruturas de tijolos, pedra e barro se mantiveram ao longo da evolução desta civilização, mas a complexidade de suas construções aumentou desde o período neolítico. As casas eram retangulares, externamente amplas, com o interior dividido em muitos cômodos pequenos. Os palácios eram estruturas complexas, com diversos cômodos ligados por sinuosos corredores. As paredes eram freqüentemente adornadas por representações de animais, festejos ou figuras geométricas, com ênfase em cores vivas.

Arte minóica
A cerâmica se destacou por apresentar diversidade de formas e funções, progredindo em termos de variedade, refinamento e acabamento. Eram decorados com pinturas de formas geométricas simples, como triângulos, zigue-zagues e padrões simétricos abstratos. Algumas obras possuíam pequenas imagens do cotidiano, como plantas e animais domésticos.

As pinturas em parede ganham destaque. Suas cores vivas puderam ser vistas nas ruínas dos palácios mesmo milhares de anos após sua destruição. Também retratam com bom grau de precisão e detalhamento animais selvagens e domésticos (sobretudo o touro), figuras humanas em cenas como festas, casamentos, colheitas e cerimônias. A maior parte do conhecimento acerca da sociedade minóica se deve a essas pinturas.
Posteriormente, os trabalhos em metal (sobretudo ouro) e pedras preciosas tornaram-se notáveis em detalhamento e se transformaram em artigos de exportação preciosos, populares desde o Egito à Pérsia.
 Palácio Cnossos


Estrutura política
Acredita-se que a civilização minóica era constituída por cidades-estado, subordinadas em certo nível a uma cidade mais importante e seu rei. Assume-se que Cnossos era esta cidade. O palácio de Cnossos é o maior já encontrado na ilha, embora grandes palácios também ocorram em Festos e Malia. Associados ao palácio, estavam casas, lojas, banhos, oficinas e armazéns. Devido à dificuldade na tradução dos escritos minóicos, não há a identificação dos reis de Creta (o nome Minos foi atribuído pelos gregos, posteriormente, ao rei que teria governado do palácio de Cnossos).

Atividades econômicas
O Egito, durante muito tempo, importou de Creta azeite e vinho, geralmente transportados em vasos de cerâmica. Os cretenses também desenvolveram a cultura de oliveiras, videiras e cereais.
A indústria foi acentuada, principalmente na exportação de jóias e tecidos. As jóias eram fabricadas por meio de metais importados da região que hoje é a Espanha.

Religião
Supõe-se que a religião minóica tenha sido uma mistura de cultos a divindades associadas aos fenômenos da natureza. Ainda em seu princípio, esculturas de uma deusa-mãe tornaram-se freqüentes. Também se destacou em importância a imagem do touro, reproduzida em pinturas e em obras arquitetônicas, que pode ter sido associado à fertilidade. Cerimônias religiosas são descritas em pinturas. Santuários foram identificados em cavernas e montanhas, bem como no interior dos próprios palácios, o que pode atribuir aos reis alguma função sacerdotal.
Inicialmente os mortos eram sepultados em cavernas, mas com o gradativo desenvolvimento da vida urbana, grandes túmulos e mausoléus tomaram lugar nos ritos fúnebres.

Apogeu
O apogeu da civilização minóica se deu entre 1700 a.C. a 1400 a.C.. Por volta de 1700, um grande terremoto destruiu a ilha, e os palácios foram reconstruídos em ainda maior escala, com o desenvolvimento de túmulos maiores, sistemas de esgoto e esculturas elaboradas. A prosperidade da ilha se deveu basicamente à habilidade na construção de naus rápidas e resistentes, capazes de transpor o Mar Mediterrâneo. Desta forma, os minoanos estabeleceram relações comerciais com as civilizações circundantes, exportando peças de metal, jóias, cerâmica, azeite e lã.
Sua expansão comercial coincidiu com sua expansão territorial e política. Colônias foram fundadas em diversas ilhas do Mar Egeu e na Sicília.
Os aqueus, áticos e jônios ocuparam inicialmente a área da atual Grécia durante o terceiro milênio antes de Cristo, e foi provavelmente através do contato com comerciantes minoanos que descobriram a metalurgia, a navegação, a construção de barcos e o cultivo das oliveiras, que se tornariam o eixo da sociedade grega primitiva. A mescla destes povos e a herança cultural dos minoanos originou a civilização micênica.

Declínio
A chegada de outra tribo indo-européia, os dórios, à Grécia continental coincidiu com um grande desastre natural. Uma violenta erupção vulcânica na ilha de Santorini em 1470 a.C. causou um maremoto que destruiu os portos minóicos e provavelmente toda a sua armada. Incapazes de estabelecer comércio com outras culturas e defender-se de invasões estrangeiras, a sociedade aparentemente entrou em guerra civil.
Ainda no século XV a.C., os dórios vindos do Peloponeso invadiram Creta, estabeleceram-se nas cidades abandonadas e construíram sobre cidades destruídas. Os minoanos migraram para o leste da ilha, mas foram finalmente assimilados por volta de 1380 a.C..

A civilização minóica e a mitologia grega
O contato com os ancestrais dos gregos transformou os minoanos e elementos básicos de sua cultura em lendas que perpetraram-se na mitologia grega.
Baseados nas evidências encontradas em Creta posteriores à invasão dória, surgiu a lenda de um rei mitológico que teria governado em Cnossos. Seu castelo possuía um grande labirinto (na verdade, eram as ruínas dos corredores do palácio), onde, no centro habitava uma criatura meio touro, meio homem, o minotauro (baseados nos vários símbolos em referência ao touro presentes no local). As lendas de Dédalo e Ícaro, e a lenda de Teseu são baseadas neste cenário. Tucídides, historiador grego, menciona Minos como o primeiro rei a construir uma armada, assumindo que ele tenha realmente existido.
 Teseu
 Minotauro


Fontes:
·         http://historianovaemfoco.blogspot.com.br/2009/11/civilizacao-minoica.html
·         http://mitos-lendas.blogspot.com.br/
·         http://www.suapesquisa.com/grecia/creta.htm

PPostado por: Gabriele Ribeiro e Suélen Blaas

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