CIVILIZAÇÃO MINÓICA
Geografia
Creta é a maior ilha
localizada ao sul da Grécia, no mar Egeu. Possui um litoral muito recortado,
fator que favoreceu o desenvolvimento de portos e de atividades ligadas ao
comércio marítimo. O interior do território cretense é marcado pela presença de
muitas montanhas, entre planícies.
Creta
História de Creta: a
civilização minóica
Entre os anos de 2600
a.C (começo da Idade do Bronze) e 1450 a.C desenvolveu-se na ilha de Creta a
civilização minóica. Esta civilização teve como centro a cidade de Cnossos.
Aspectos da história e
cultura de Creta
- Os cretenses
destacaram-se no comércio marítimo, principalmente com ilhas próximas e com a
Grécia continental. Exportavam azeite, objetos de cerâmica, jóias, lã e artigos
de metal. Portanto, economia de creta era baseada quase que
exclusivamente nas atividades marítimas.
- Creta era uma
cidade-estado, que possuia um sistema de governo monárquico, pois era governada
por um rei.
- Com o
desenvolvimento do comércio marítimo, os cretenses fundaram colônias em ilhas
do mar Egeu e na região da Sicília.
- Na arquitetura
destacou-se a construção de grandes e luxuosos palácios, como, por exemplo, o
palácio de Cnossos, Festos e Mália. Estes palácios caracterizavam-se pela
presença de muitos cômodos, escadarias, jardins e longos corredores.
- No campo das
artes, os cretenses destacaram-se na pintura de lindos e coloridos afrescos,
esculturas de metais, confecções de jóias e peças de cerâmica. A temática mais
presente na arte cretense era o mar.
- Na religião, os cretenses
eram muito ligados à figura da mulher. Imagens femininas aparecem em afrescos e
esculturas ligadas à práticas religiosas. A deusa-mãe, segurando serpentes nas
mãos, tinha grande importância para os cretenses. O touro também possuía uma
certa importância no cenário religioso cretense, provavelmente em função da
imagem da fertilidade. Os cretenses realizavam várias festas em homenagem ao
touro, em que homens pulavam nas costas do animal.
- A mitologia minóica
também foi muito rica. O principal mito cretense é o do Minotauro representado
por um forte homem com cabeça de touro. Este monstro, que habitava o labirinto,
foi morto pelo herói grego Teseu. Os mitos de Dédalo e Ícaro também estão
relacionados à cultura minóica.
A civilização
minóica foi uma civilização que se desenvolveu na ilha de Creta, a maior ilha
do mar Egeu, entre 2100 a.C. e 1400 a.C., o período anterior ao da cultura
micênica. Teve como principal centro a cidade de Cnossos. O termo
"minóico" deriva de Minos, título dado ao rei de Creta.
Origem
Origem
Pré-História
A origem dos
minoanos é incerta. A ilha foi ocupada a partir de 6000 a.C. por povos
neolíticos, como evidenciado por figuras antropomórficas de argila. As
primeiras peças de cerâmica surgiram por volta de 5700 a.C.. A arquitetura é
semelhante às presentes no Egito e no Oriente Médio deste período e de períodos
posteriores, com tijolos queimados sobre fundação de pedra, cobertos por barro,
que pode ligá-los aos povos daquelas regiões, e não aos povos europeus como
costuma-se pensar.
Por volta de
3800 a.C, o cobre substituiu as pedras em utensílios como machados, e a ilha
toda passou a ser ocupada por esta cultura
Idade do Bronze
Por volta de
3000 a.C. são encontrados vestígios de utensílios de bronze e fornos para sua
fundição. Neste período, a ocupação do litoral tornou-se evidente, com vilas
costeiras e ancoradouros. Surgiu um sistema de escrita (linear A, linear B,
ainda sem tradução). Após 2100 a.C. grandes palácios começaram a ser
construídos, denotando um certo grau de unidade política. Com registros
escritos, unidade política e possivelmente um exército (e uma armada),
caracteriza-se o início da civilização minóica.
Arquitetura
As estruturas
de tijolos, pedra e barro se mantiveram ao longo da evolução desta civilização,
mas a complexidade de suas construções aumentou desde o período neolítico. As
casas eram retangulares, externamente amplas, com o interior dividido em muitos
cômodos pequenos. Os palácios eram estruturas complexas, com diversos cômodos
ligados por sinuosos corredores. As paredes eram freqüentemente adornadas por
representações de animais, festejos ou figuras geométricas, com ênfase em cores
vivas.
Arte minóica
A cerâmica se
destacou por apresentar diversidade de formas e funções, progredindo em termos
de variedade, refinamento e acabamento. Eram decorados com pinturas de formas
geométricas simples, como triângulos, zigue-zagues e padrões simétricos
abstratos. Algumas obras possuíam pequenas imagens do cotidiano, como plantas e
animais domésticos.
As pinturas em
parede ganham destaque. Suas cores vivas puderam ser vistas nas ruínas dos
palácios mesmo milhares de anos após sua destruição. Também retratam com bom
grau de precisão e detalhamento animais selvagens e domésticos (sobretudo o
touro), figuras humanas em cenas como festas, casamentos, colheitas e
cerimônias. A maior parte do conhecimento acerca da sociedade minóica se deve a
essas pinturas.
Posteriormente,
os trabalhos em metal (sobretudo ouro) e pedras preciosas tornaram-se notáveis
em detalhamento e se transformaram em artigos de exportação preciosos,
populares desde o Egito à Pérsia.
Palácio Cnossos
Estrutura política
Acredita-se
que a civilização minóica era constituída por cidades-estado, subordinadas em
certo nível a uma cidade mais importante e seu rei. Assume-se que Cnossos era
esta cidade. O palácio de Cnossos é o maior já encontrado na ilha, embora
grandes palácios também ocorram em Festos e Malia. Associados ao palácio,
estavam casas, lojas, banhos, oficinas e armazéns. Devido à dificuldade na
tradução dos escritos minóicos, não há a identificação dos reis de Creta (o
nome Minos foi atribuído pelos gregos, posteriormente, ao rei que teria
governado do palácio de Cnossos).
Atividades econômicas
O Egito,
durante muito tempo, importou de Creta azeite e vinho, geralmente transportados
em vasos de cerâmica. Os cretenses também desenvolveram a cultura de oliveiras,
videiras e cereais.
A indústria
foi acentuada, principalmente na exportação de jóias e tecidos. As jóias eram
fabricadas por meio de metais importados da região que hoje é a Espanha.
Religião
Supõe-se que a
religião minóica tenha sido uma mistura de cultos a divindades associadas aos
fenômenos da natureza. Ainda em seu princípio, esculturas de uma deusa-mãe
tornaram-se freqüentes. Também se destacou em importância a imagem do touro,
reproduzida em pinturas e em obras arquitetônicas, que pode ter sido associado
à fertilidade. Cerimônias religiosas são descritas em pinturas. Santuários
foram identificados em cavernas e montanhas, bem como no interior dos próprios
palácios, o que pode atribuir aos reis alguma função sacerdotal.
Inicialmente
os mortos eram sepultados em cavernas, mas com o gradativo desenvolvimento da
vida urbana, grandes túmulos e mausoléus tomaram lugar nos ritos fúnebres.
Apogeu
O apogeu da
civilização minóica se deu entre 1700 a.C. a 1400 a.C.. Por volta de 1700, um
grande terremoto destruiu a ilha, e os palácios foram reconstruídos em ainda
maior escala, com o desenvolvimento de túmulos maiores, sistemas de esgoto e
esculturas elaboradas. A prosperidade da ilha se deveu basicamente à habilidade
na construção de naus rápidas e resistentes, capazes de transpor o Mar
Mediterrâneo. Desta forma, os minoanos estabeleceram relações comerciais com as
civilizações circundantes, exportando peças de metal, jóias, cerâmica, azeite e
lã.
Sua expansão
comercial coincidiu com sua expansão territorial e política. Colônias foram
fundadas em diversas ilhas do Mar Egeu e na Sicília.
Os aqueus,
áticos e jônios ocuparam inicialmente a área da atual Grécia durante o terceiro
milênio antes de Cristo, e foi provavelmente através do contato com comerciantes
minoanos que descobriram a metalurgia, a navegação, a construção de barcos e o
cultivo das oliveiras, que se tornariam o eixo da sociedade grega primitiva. A
mescla destes povos e a herança cultural dos minoanos originou a civilização
micênica.
Declínio
A chegada de
outra tribo indo-européia, os dórios, à Grécia continental coincidiu com um
grande desastre natural. Uma violenta erupção vulcânica na ilha de Santorini em
1470 a.C. causou um maremoto que destruiu os portos minóicos e provavelmente
toda a sua armada. Incapazes de estabelecer comércio com outras culturas e
defender-se de invasões estrangeiras, a sociedade aparentemente entrou em
guerra civil.
Ainda no
século XV a.C., os dórios vindos do Peloponeso invadiram Creta, estabeleceram-se
nas cidades abandonadas e construíram sobre cidades destruídas. Os minoanos
migraram para o leste da ilha, mas foram finalmente assimilados por volta de
1380 a.C..
A civilização minóica e a mitologia
grega
O contato com
os ancestrais dos gregos transformou os minoanos e elementos básicos de sua
cultura em lendas que perpetraram-se na mitologia grega.
Baseados nas
evidências encontradas em Creta posteriores à invasão dória, surgiu a lenda de
um rei mitológico que teria governado em Cnossos. Seu castelo possuía um grande
labirinto (na verdade, eram as ruínas dos corredores do palácio), onde, no
centro habitava uma criatura meio touro, meio homem, o minotauro (baseados nos
vários símbolos em referência ao touro presentes no local). As lendas de Dédalo
e Ícaro, e a lenda de Teseu são baseadas neste cenário. Tucídides, historiador
grego, menciona Minos como o primeiro rei a construir uma armada, assumindo que
ele tenha realmente existido.
Teseu
Minotauro
Fontes:
·
http://historianovaemfoco.blogspot.com.br/2009/11/civilizacao-minoica.html
·
http://mitos-lendas.blogspot.com.br/
·
http://www.suapesquisa.com/grecia/creta.htm
PPostado por: Gabriele Ribeiro e Suélen Blaas
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