Madeira
A história dos móveis caminha em paralelo com a história da cultura através dos tempos.
Em épocas de grande avanço tecnológico
tal como na Roma Antiga, houve grande avanço em designs e construção de
mobílias finas. Em tempos de estagnação do nível cultural, tal como na Idade Média,
a mobília era muito grosseira, ou até nem existia.
A cama é a peça mais antiga de mobília,
ela foi criada pelos Egípcios em 1500 AC. Ela se parecia com a de hoje, no
entanto não havia colchão.
A mobília continuou se desenvolvendo ao
longo da histórica transição da Grécia Antiga para Roma, mas todo o progresso
parou por um tempo com a queda do Império Romano. Os chineses consideram o período Ming
como o melhor período em termos de desenvolvimento de mobílias.
Na Europa, o período posterior a Idade
Media produziu muitos desenvolvimentos em mobílias. Entretanto um padrão surgiu
e foi mantido pelo século 18 adentro. Ou seja, aqueles que podiam pagar, tinham
mobílias bem desenhadas e decoradas, enquanto a grande maioria possuía móveis
grosseiros que nem mesmo mereciam ser chamado de mobília. No começo do século 15,
na Holanda foi introduzido à decoração portas e gavetas almofadadas.
Na Renascença Italiana, nos primórdios
anos do século 12, gradualmente ocorreu uma completa mudança nas mobílias da
Europa com o propósito de tornar independente cada peça de mobília quanto a sua
forma.
O reinado de Elizabeth I na Inglaterra
lançou a moda em que se agregou à mobília o item conforto, a qual se espalhou
por toda a Europa.
Foi nesse período, também, que se teve
uma crescente melhoria na qualidade da mobília, com início de atividades
“coorporativas” de trabalho (organizações como sindicatos).
O século 17trouxe o estilo Barroco ‘a
Europa Ocidental, sua principal abordagem era a relação da superfície de uma
peça de mobília com a peça toda. Antes disso, diferentes superfícies nunca
foram consideradas.
O ano de 1720 é um ano importante para
o Mogno, pois foi neste ano que aconteceu a primeira importação de Mogno pela Inglaterra,
e aos poucos, o Mogno substituiu a Nogueira como à madeira favorita. Desse
ponto em diante, os estilos mudaram rapidamente em relação a história geral da
mobília . No entanto, as peças básicas e as técnicas de construção permanecem
até hoje, o que se altera é a tendência e o design em sintonia com a época e
com o tempo.
Móveis da Inglaterra
Chippendale: (1750 – 1790)
Nome dado após o designer inglês e marceneiro Thomas Chippendale, ter
publicado seu design em informativos da época, intitulado “O cavalheiro e o
Marceneiro” em 1754.
O
estilo sofreu três tipos de influências diferentes, a influência francesa,
chinesa e gótica.
Nos
Estados Unidos, o estilo Chippendale foi um estilo mais elaborado do que o
estilo Queen Anne, com pernas torneadas, pés arredondados e com garras e
encosto triangular ornamentado.
Hepplewhite: (1770- 17865)
Nome
dado após publicação póstuma do estilo do designer George Hepplewhite em 1788
no “Guia para Marceneiros”.
O
estilo é neoclássico e foi reproduzido nos Estados Unidos particularmente nas
Carolinas, Maryland, Nova Inglaterra, Nova York e Virginia. São caracterizados
pela delicadeza, pernas delicadas e o uso de contraste de lâminas e entalhes.
Sheraton: (1780-1820)
Nome
dado pelo designer Thomas Sheraton o qual publicou seu estilo no livro
“Marceneiros e Tapeceiros” em 1791. É um estilo neoclássico caracterizado por
linhas retas delicadas, construção leve, contrastando lâminas, motivos
neoclássicos e ornamentações.
Foi o
estilo mais reproduzido nos Estados Unidos durante o período Federal.
Willian e Mary: (1689-1725)
Estilo
influenciado pela Europa recebeu o nome após o reinado de Willian e Mary da
Inglaterra (1689-1694).
O
estilo tem influências alemãs e chinesas. É caracterizado por pernas bem
torneadas terminando em pés arredondados, assento plano e laqueado oriental.
Queen Anne: (1700-1755)
Nome
dado após o reinado da rainha Anne (1702-1714).
É um
estilo mais refinado que o Willian e Mary, com proporções moderadas, aparência
graciosa. São caracterizados por pernas torneadas, pés chatos e encosto-me a
forma de rabeca.
Vitoriano: (1840-1910)
Nome dado devido a rainha Victoria da Inglaterra, que reinou de 1837
a 1901. O estilo vitoriano provém de formas góticas com pesadas proporções,
acabamento escuro, entalhes elaborados e ornamentações.
Nesse período,
ocorreu pela primeira vez a reprodução em série de um estilo.
Estilo Americano
Early Americam (primórdio americano): (1640-1700)
Mobília
muito rudimentar feita com madeiras locais.
Tem
influências de estilo europeu de mobília, particularmente da Inglaterra,
França, Holanda Escandinávia e Espanha.
Colonial: (1700-1780)
Combina
os estilos Willian e Mary, Queen Anne e Chippendale.
São
mobílias coloniais, mais conservadoras e menos ornadas que as mobílias inglesas
e européias da época.
Federal: (1780-1820)
Combina
o estilo neoclássico com características de Hepplewhite e Sheraton.
É
caracterizada por linhas retas e graciosas, construção leve, pernas finas e o
uso de incrustação e lâminas.
Estilo Francês
Luis XV: (1723-1774)
Conforto,
luxo e beleza são exagerados neste estilo.
As
cadeiras têm pernas torneadas, joelhos entalhados, pés entalhados, assentos e
encostos arredondados.
Os
braços são entalhados e terminam com a moldura do assento também entalhado. Ornamentações
de todos os tipos são utilizadas.
Luis XVI: (1774-1793)
Linhas
retas e superfícies retangulares substituem as curvas.
A
decoração consiste em motivos clássicos e é usado para acentuar a beleza do
estilo.
As
cadeiras são retas, pernas finas entalhadas, refinando o estilo.
Empire: (1804-1815)
Este
estilo foi criado fora das inspirações Greco-romano, no comando de Napoleão.
Absolutamente
simétricos tipos geométricos e proporções sólidas pesadas, caracterizam todas
as peças.
Superfícies
grandes, planas e retas com ornamentos consistindo principalmente de apliques
de bronz.
Oriental
Recebe
influências orientais (China e Japão), acentuando o efeito laqueado.
Cadeiras,
poltronas e mesas são simples em construção e acabamento.
Sândalo
e bambu são as madeiras favoritas.
Mediterrâneo (Espanhol)
Um dos
mais famosos estilos de mobília é um híbrido entre o estilo espanhol e italiano
provinciano. Este estilo mantém os entalhes aparentes, num verdadeiro estilo espanhol,
mas substitui o latão por ferro batido e usa madeira leve remanescente da
província italiana.
É um
estilo adaptado e flexível, é mais delicado e leve do que o estilo espanhol verdadeiro.
Italiano provinciano
É um
estilo tradicional e ainda relativamente informal.
É um
estilo reto, embora tenha algumas curvas, a linha externa da mobília é sempre
curvada.
Este é
um dos estilos mais populares ainda hoje.
A
utilização da madeira na indústria de marcenaria para fabricação de móveis é uma das
mais expandidas.
Madeira
de demolição é artigo
de luxo, muito tem se falado sobre, há um grande interesse das pessoas em torno
da madeira de demolição, talvez pelo motivo de que hoje em dia seja um material
que está na moda, pelo apelo da sustentabilidade, e porque virou mania mesmo,
também por ser reaproveitada, a madeira de demolição é um material mais barato
do que uma tábua de madeira nova, por exemplo. A madeira de demolição é toda
madeira que se origina de antigas construções, madeiras de antigos galpões e
casas, ou até mesmo de dormentes de trilhos de trem, que foram construídos com
madeira de árvores que hoje em dia estão proibidas de corte, ou tem o corte
bastante controlado. As madeiras assim denominadas possuem características
peculiares, marcas distintas e ranhuras únicas. Assim como o papel reciclado, o
uso da madeira de demolição é uma opção de consumo consciente. Por esse motivo
tantas pessoas buscam hoje em dia móveis feitos com madeira de demolição, pois
os móveis confeccionados com estas madeiras se tornam únicos no mercado e
oferecem grande estilo ao ambiente além de oferecerem ótima qualidade.
Alguns móveis como exemplo:
Outra madeira muito procurada e usada é a madeira de reflorestamento. Móveis com
esse tipo de madeira já são mais robustos e modernos, tem um design mais
arrojado, são muito procurados por deixarem os ambientes nobres, uma única peça
garante glamour ao ambiente.
Exemplos:
Araucária ou Pinho-do-Paraná - Uma das preferidas pela indústria de móveis, devido às suas características de fácil usinagem, cor e peso adequado.
Eucalipto - Uma das espécies mais favoráveis para a
indústria moveleira é o eucalipto grandis, de cor clara, avermelhada e
densidade média, que necessita cuidados no desdobro e secagem, mas proporciona
excelente material para móveis.
O eucalipto citriodora é a madeira mais pesada, castanha clara, muito resistente, que apresenta excelentes resultados de acabamento em móveis.
O eucalipto citriodora é a madeira mais pesada, castanha clara, muito resistente, que apresenta excelentes resultados de acabamento em móveis.
Pinus - Pioneira entre as madeiras de reflorestamento usadas pela indústria moveleira.
Apresenta bons rendimentos e excelentes acabamentos, mas tem pouca resistência mecânica e superficial, devendo ser utilizada com cuidados nas estruturas de móveis e requerendo acabamento superficial.
Teca -.É usada em todos os tipos de móveis internos e externos, com excelentes resultados. Prevê-se que esta madeira encontre utilização crescente no setor moveleiro.
O sucesso de introdução de novas madeiras
no setor moveleiro depende do conhecimento sobre suas características de
comportamento e uso, além de suprimento assegurado em níveis de qualidade compatíveis
com o uso desejado.
Estes
requisitos de mercado vêm sendo crescentemente atendidos pelas madeireiras de
reflorestamento, que certamente passarão a contribuir mais intensamente de
reflorestamento e certamente passarão a contribuir mais intensamente para
suprir o setor moveleiro com matéria-prima de ótima qualidade e preços
competitivos.
Fontes:
http://www.guiadomarceneiro.com/madeira/?gdm=reflorestamento
http://www.guiadomarceneiro.com/madeira/?gdm=reflorestamento
http://www.ilhadamadeiramoveis.com.br/historia.php
Postado por:
Priscila da Silva Lemke_Renata
Tonin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário