Os persas viviam onde hoje é o
Irã. A partir do século VI a.C., iniciaram a conquista de um dos maiores
impérios da Antiguidade. Em 1935, a Pérsia passou a se chamar Irã.
1. Localização:
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Os persas formaram o
maior império do Oriente Antigo, unificando vários povos do Crescente Fértil, suas
fronteiras se estendiam do Mar Mediterrâneo até o Oceano Índico. Habitavam o
planalto do Irã, situado a leste da Mesopotâmia, uma região semi-árida, com
montanhas, ricas em minerais, desertos e poucos vales férteis, de clima seco,
com grandes oscilações de temperatura.
2. Origem do Império Persa:
A partir de 2000 a.C., a região foi ocupada por povos de pastores e
agricultores, vindos do sul da atual Rússia, que invadiram o planalto. Os
persas se estabeleceram na parte sudeste, próxima ao golfo Pérsico.
Os primeiros habitantes desse planalto dedicaram-se ao pastoreio e, nos vales
férteis, desenvolveram o cultivo de cereais, frutas e hortaliças.
A região era também rica em recursos minerais, encontrados nas montanhas
vizinhas: ferro, cobre, prata etc.
3. Formação:
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Fundador do Império Persa, Ciro, o Grande, após vencer os medos e reunir sob
seu domínio todas as tribos que habitavam o planalto iraniano, conquistou os
reinos da Lídia e as cidades gregas da Ásia Menor. Em 539 a.C., conquistou a
Mesopotâmia. Por sua ordem, nesse mesmo ano, os judeus retornaram à
Palestina, terminando assim o cativeiro da Babilônia. Ciro incorporou ao
império toda a Mesopotâmia, a Fenícia e a Palestina.
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Ciro morreu em combate, em 529 a.C., e foi sucedido pelo filho,
Cambises, que com um grande exército conquistou o Egito, em 525 a.C., na
batalha de Pelusa. Ao voltar para a Pérsia, Cambises morreu assassinado em uma
revolta interna. Foi sucedido por Dario I (521-486 a .C.).
4. Administração:
O sistema administrativo persa foi um dos mais eficientes da Antiguidade
Oriental. O Império Persa era governado por uma monarquia absoluta teocrática.
Possuía quatro capitais: Susa, Persépolis, Babilônia e Ecbátana.
O
rei dos persas não era considerado um deus, mas apenas um representante de Deus
diante dos homens. Cuidava da administração do país, a partir de grandes
capitais como Pasárgada, Babilônia e Susa, deslocando-se muito pouco através do
império.
Com o tempo a metrópole tornou-se parasitária, vivendo fundamentalmente dos
tributos cobrados dos povos conquistados. Estes tributos permitiram grandes
construções em Persépolis, nova capital do império, e contribuíram para o
fortalecimento econômico e político da burocracia persa, ao mesmo tempo em que
arruinaram a economia das regiões conquistadas.
Apesar dos conquistadores persas respeitarem os usos e costumes das regiões
conquistadas, era constante as rebeliões das populações subjugadas contra a
dominação persa. Isto é facilmente explicável: era o excedente econômico,
produzido por estas populações, que financiava as grandes construções e a
expansão militar persa. Com o aumento das guerras de conquista, aumentavam
constantemente os tributos cobrados pela metrópole.
Como no Egito, a agricultura (base de sua economia) dependia das cheias dos
rios Tigre e Eufrates. O controle econômico era exercido pelo Estado, conforme
os padrões do “modo de produção asiático”. Plantava-se a cevada, o trigo e o
centeio.
5. Declínio:
O governo de Dario I não só marcou o apogeu do império (período compreendido
entre o final do século VI a.C. e o início do século V a.C), mas também o
início de sua decadência. O grande objetivo de Dario I era conquistar a Grécia;
mas, em 490 a.C., foi derrotado pelas cidades gregas sob o comando de Atenas.
Xerxes,
filho de Dario que o sucedeu no poder, também foi derrotado pelos gregos. Em
330 a.C., o Império Persa caiu sob o domínio de Alexandre, da Macedônia.
Com dificuldades de manutenção do poder interno, a Pérsia enfraqueceu-se, sendo
alvo de vários golpes políticos. Alexandre, o Grande, da Macedônia, conquista a
Pérsia em 330 a.C.
Por volta do século VIII a.C., iniciou-se a expansão grega pelas costas e ilhas
do mar Egeu, pelo mar Negro, pelas costas da Ásia Menor. Nos fins do século VI
a.C., o Império Persa, que havia se expandido pela Ásia Menor, havia
conquistado as colônias gregas desta região. Com o enfraquecimento do Império
Persa, motivado pelas rebeliões internas e pela derrota dos persas na Frigia,
estas colônias gregas se revoltaram. Isto levou às guerras Médicas onde os
persas foram derrotados pelos gregos. Começou aí a retração do Império Persa,
que acabou sendo conquistado pelos gregos em 330 a.C.
Apesar de manter um exército super equipado, os persas tiveram grande dificuldade
em administrar os vastos territórios conquistados. Em consequência, o império
persa chegou ao fim em 331 a.C. quando Alexandre Magno derrotou Dario III na
Batalha de Arbelas.
Mais tarde, depois da dominação macedônica, os persas caíram sob o jugo romano,
só ressurgindo de forma independente no século III d. C. No século VII, o
Império Persa acabou conquistado pelos árabes, incorporando traços de sua
cultura, como a religião islâmica.
6. Economia e sociedade:
Baseava-se na agropecuária, com irrigação pela água das montanhas, na criação
de gado e na exploração de minérios. A moeda era o dárico, cunhada em ouro, que
estimulou o comércio e consequentemente o artesanato.
Com
a formação do império, o comércio passou a ser uma atividade importante, dando
origem a uma camada de ricos comerciantes. Por ele passavam rotas de caravanas
comerciais ligando a Índia e a China ao mar Mediterrâneo. O comércio
impulsionou a indústria de tecidos de luxo, jóias, mosaicos e tapetes de rara beleza.
A
sociedade persa era dividida em rígidas camadas sociais. No topo da sociedade
estava o rei, abaixo do rei estavam os aristocratas (sacerdotes, nobreza e os
grandes comerciantes). Depois, a camada média da população (pequenos
comerciantes, artesãos e soldados).
Os camponeses, considerados homens livres, formavam outra classe social. Estes
viviam miseravelmente, muito explorados eram obrigados a entregar quase tudo o
que produziam para os donos das terras. Eram obrigados também a prestar
serviços na construção de palácios e de obras públicas (canais de irrigação,
estradas, etc.). Por último, vinham os escravos, aprisionados nas conquistas
militares, formavam um grupo numeroso, que executavam os trabalhos mais pesados
na construção de palácios e obras públicas.
7. Religião:
O profeta Zoroastro ou Zaratustra criou uma religião dualista, que afirmava ser
o universo dividido entre um deus mau, Arimã; e um deus bom, Ormuz, que lutam
até a vitória final do bem. Zoroastro viveu entre 628 e 551 a. C. Seus
princípios estão contidos no livro sagrado denominado Zend-Avesta.
Os
persas aceitavam a existência de duas divindades opostas, que estavam sempre em
luta: Aura-Mazda (o Bem) era o deus da luz e criador das coisas boas da Terra e
Arimã (o Mal) era o responsável pelas doenças e pelas desgraças do mundo, sendo
o deus das trevas.
A
vitória final seria de Aura-Mazda, que lançaria Arimã num precipício.
Acreditavam também na imortalidade da alma, na ressurreição dos mortos e no
juízo final.
Na Pérsia não existiam templos ou cultos. Zoroastro acabou com as crenças nos
antigos ídolos ao demonstrar que a verdade e a pureza eram expressões do
próprio culto.
8. Cultura:
As
criações artísticas e intelectuais sofreram influência das culturas dos povos
vizinhos. Os persas optaram a princípio pela escrita cuneiforme, inventada
pelos sumérios, que depois foi substituída por uma escrita alfabética. Adotaram
o uso de moeda (o dárico), visando ao desenvolvimento do comércio.
Na
arquitetura, os persas usaram como modelo as construções babilônicas e
egípcias, embora os grandes monumentos persas não fossem templos – como no
Egito e na Mesopotâmia – e sim palácios reais.
A grande herança cultural deixada pelos persas foi a religião, diferente de
todas as outras existentes no Oriente Próximo.
Fontes:
http://www.historiamais.com/persas.htm
http://www.youtube.com/watch?v=T_4Ppyu102E
Postado por: Gabriele R. e Suélen B.
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