quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Idade Média: Casas, móveis e interiores


Banheira na idade média
Higiene na idade média 

http://espacoaberto-umanovamiranda.blogspot.com.br/2008/05/feira-medieval-no-castelo-de-penela_18.html


Na Idade Média não existiam escovas de dentes, perfumes, desodorizantes e muito menos papel higiénico.
As fezes e urina humanas eram atiradas pelas janelas do palácio. 
http://km-stressnet.blogspot.com.br/2009/03/curiosidades-dos-seculos-xv-e-xvi.html 




http://moveltempodesign.blogspot.com.br/2012/01/casas-e-castelos-medievais.html
Lilian 4n9


                                                                                           O castelo medieval

 

Os castelos são um dos maiores legados da Idade Média e então havia milhares de castelos espalhados por toda a Europa. Começaram por ser projectos arquitectónicos simples, mas de importância decisiva. Ao longo dos séculos e fruto da necessidade, foram-se aperfeiçoando as suas estruturas de forma a tornar a sua conquista cada vez mais difícil.

Vistos de fora, os castelos eram sólidas construções e era difícil imaginar o que se passava no seu interior. Geralmente, ficavam no topo de uma colina. Do alto, dominavam a paisagem e vigiavam a região. Eram quase sempre constituídos por torres maciças e paredes altas, sem janelas. Dentro da muralha principal, feita de pedra, existia uma outra, cuja entrada estava protegida por uma ponte levadiça. Acima dos portões existiam buracos através dos quais se deixavam cair pedras ou óleo a ferver. Do alto da torre de menagem, uma sentinela observava tudo a quilómetros de distância. Os merlões serviam de protecção aos arqueiros que disparavam através das ameias, os intervalos entre os merlões. As únicas aberturas nas paredes eram as seteiras, um espaço demasiado exíguo para alguém entrar, mas suficiente para os arqueiros desferirem setas. Os arqueiros conseguiam atirar com precisão a uma longa distância e eram vitais na defesa do castelo. As escadas em espiral de cada torre eram construídas no sentido dos ponteiros do relógio. Deste modo, o defensor que as descesse tinha mais espaço para manusear a arma. Quando o inimigo se aproximava, sob a forma de vultos escuros entre o nevoeiro, a sentinela tocava a sua corneta. Então, era altura dos guardas içarem a ponte levadiça.

 

 

 

 

                                               A casa medieval

 

As casas medievais eram muito diferentes das nossas. Nas cidades medievais, as casas eram construídas em madeira ou pedra. Tinham dois ou mais andares com sacada, projectando-se sobre a rua. Este facto explica em parte a fisionomia das cidades medievais, retratadas como sombrias e pouco arejadas, apesar das janelas não terem vidros.

As casas medievais tinham as lareiras no meio da sala, longe das paredes de madeira e para evitar os incêndios. Era em seu redor que as famílias se sentavam, para se aquecerem nas noites frias e escuras. Para iluminarem

a noite, utilizavam juncos mergulhados em gordura, que ardiam como velas. Era frequente haver nas traseiras das casas pátios e jardins, o­nde se encontravam animais domésticos como a galinha e o porco. Não havia casas de banho, apenas fossas que necessitavam de uma limpeza periódica.

A vida dentro da casa era em comunidade e havia falta de intimidade, já que todos os seus habitantes comiam, dormiam e passavam o tempo livre na mesma divisão.

Mesmo entre os mais ricos e poderosos, usavam-se poucas peças de mobiliário. Do mobiliário faziam parte uma mesa, assentos sem costas e um móvel essencial pela sua enorme versatilidade: o baú ou arca. Dotada de uma utilização polivalente, o baú servia tanto de assento como de armário o­nde se guardavam as roupas ou as loiças. A arca era também muitas vezes transformada em mesa, para servir o jantar. As pessoas abastadas dormiam em camas de madeira resistente, com um dossel por cima e cortinas laterais. A maior parte dos colchões eram de palha. Na maioria das casa, as pessoas sentavam-se em bancos baixos. Apenas o senhor dispunha de uma cadeira com espaldar e braços.


 

 

 

 

                              A cozinha medieval

 

A cozinha era muitas vezes construída no pátio em edifício separado, como precaução contra os incêndios. O equipamento de cozinha dessa época incluía o almofariz, panelas e frigideiras de cabo comprido. A maior parte dos pratos eram confeccionados em grandes panelas de ferro. O caldeirão de 3 pernas podia ser colocado sobre o fogo ou suspenso por um gancho.

Os cozinheiros tinham de ter talento para disfarçar o sabor de alguns alimentos. Por isso, a cozinha medieval usava e abusava de ervas aromáticas como os coentros, a salsa e a hortelã para condimentar os pratos. Cultivava-se o tomilho, o alho, a mostarda e o açafrão e utilizava-se também o sal e ainda pimenta vinda do Oriente.

A carne, guardada em despensas, nem sempre se mantinha fresca. O peixe cozinhado com salsa e funcho era um prato popular. A Igreja ordenava que às quartas, sextas e sábados não se comesse carne. O arenque salgado ou as enguias, além de uma grande variedade de peixes do mar e rio, eram consumidos com frequência. Legumes como as cebolas, couves e alho-francês eram utilizados para engrossar as sopas e estufados, mas não eram especialmente apreciados, pelo menos entre as classes superiores. O regime alimentar variava de acordo com as posses de cada um. Enquanto os nobres abastados e os mercadores podiam ter uma vasta gama de alimentos à mesa, o regime alimentar das pessoas comuns era bem mais restrito. Comiam pão de centeio ou trigo, alguns legumes e os porcos da sua criação, ou ainda peixe salgado e lácteos compostos a partir de leite de vaca, cabra ou ovelha. Nas refeições comuns, o prato diário era um espesso caldo de legumes e muita carne.

 

 

                                                            À mesa na Idade Média


Rabelais dizia que a gastronomia é uma arte complicada, da qual o estômago é o pai. E é também um dos melhores reflexos dos hábitos e costumes de uma época. Sentemo-nos pois à mesa medieval. As duas refeições principais eram o jantar e a ceia. No século XIV jantava-se entre as 10 e as 11 da manhã e a ceia era por volta das 6 ou 7 da tarde. À mesa encontrava-se todo o tipo de carnes, base da alimentação, como a carne de vaca e porco, cabrito, carneiro, lebre e faisão. A par destas, havia caça e aves exclusivas da época, como o urso, o gamo, a corça, a garça, e o pavão. A forma mais frequente de cozinhar a carne era assá-la no espeto, mas também se servia cozida, estufada ou em caldeirada. Um banquete medieval podia incluir ainda iguarias como pavão, baleia ou cisne.
O peixe fresco era mais raro e servia-se por isso mesmo em pequenas quantidades ou frito. Já o peixe seco, salgado e defumado era utilizado com maior abundância. Em termos de doçaria, o leite estava omnipresente nas confecções da época e era ingrediente imprescindível no manjar branco, nos pastéis de leite e nas tigeladas. Os vinhos servidos eram brancos, tintos e palhetes. Como azedava com facilidade, o vinho era frequentemente servido com mel ou gengibre. E porque os olhos também comem, a decoração dos pratos, tal como a decoração dos recintos, era extremamente cuidada. As longas mesas eram cobertas com magníficos tecidos e iluminadas por tochas empunhadas por criados. Então, as iguarias começavam a desfilar, devidamente ornamentadas. Os pratos tinham o nome de escudelas e serviam para dois convivas, sentados lado a lado. Apesar de já existirem colheres e facas, as mãos eram o principal talher utilizado. Cada um usava as sua própria faca, uma colher e os dedos para comer educadamente à mesa.

 



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